CONHEÇA UM POUCO DA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL DA PROFESSORA DO IFBA VIVIANA ROCHA
Como forma de reconhecer e valorizar o trabalho de profissionais da Química que atuam em diferentes segmentos da área, o CRQ VII lança a coluna “Protagonista da Química”. Assim, a cada mês, um profissional poderá compartilhar um pouco da sua história de vida e de trabalho.
Começamos com Viviana Maria da Silva Rocha, licenciada em Química pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) desde 2008, que é registrada no CRQ VII, e atua como professora no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), campus do Barbalho, em Salvador.
A professora Viviana diz que a curiosidade a acompanha desde criança. Na sua opinião, essa característica foi um elemento fundamental para que ela escolhesse a Química como área de atuação.
“Costumo dizer que não escolhi a Química, mas ela que me escolheu. Essa opção se deu sobretudo pela facilidade e prazer que tinha em estudar a disciplina de química, e também nos incentivos de meu professor da época ‘Zé Oséas’, sobre meu potencial na área”, recorda a professora.
Segundo ela, a Química ainda é vista pelos estudantes como uma disciplina difícil e maçante o que torna a missão de ensinar essa disciplina bastante desafiadora.
“O maior desafio é promover a quebra dessa concepção, aproximando os estudantes do conhecimento químico inserido no cotidiano. É possível ensinar química de forma descomplicada”, declara.
Que a trajetória da professora Viviana possa servir de inspiração.
Boa leitura a todos.
ENTREVISTA
1. Por qual instituição se graduou e em que ano?
Cursei Licenciatura em Química na UNEB, tendo concluído em 2008. Fiz mestrado em química aplicada na mesma instituição, na área de concentração em química do estado sólido, concluindo em 2010.
2. Porque escolheu a Química? Teve a influência de alguém próximo para fazer essa opção?
A curiosidade me acompanhou desde pequena, então acredito que esse foi um elemento propulsor para a escolha. Costumo dizer que não escolhi a Química, mas ela que me escolheu. Essa opção se deu sobretudo pela facilidade e prazer que tinha em estudar a disciplina de química, e também nos incentivos de meu professor da época “Zé Oséas”, sobre meu potencial na área.
3. E a escolha pela docência como aconteceu? Já pensava em ensinar?
Minha formação foi em magistério, ou seja, meu ensino médio me preparou para atuar como professora nas séries iniciais (fundamental I). Com isso, a docência sempre me acompanhou, desde a infância com a admiração das minhas professoras até o ensino médio, logo a opção pela docência, fez dessa caminhada.
4. Qual o maior desafio em ser docente na sua área?
A química é ainda vista pelos estudantes como uma disciplina difícil e maçante, então o maior desafio é promover a quebra dessa concepção, aproximando os estudantes do conhecimento químico inserido no cotidiano. É possível ensinar química de forma descomplicada.
Além disso, com a inclusão de uma diversidade de estudantes com necessidade específicas é necessário o desenvolvimento de recursos, métodos e materiais para possibilitar o aprendizado de maneira satisfatória, sendo também um desafio importante a ser colocado na docência.
5. E qual é a maior satisfação?
Sem sombra de dúvidas é quando eu vejo a empolgação dos alunos, quando de alguma forma consigo fazer com que eles enxergam a química como fazendo parte das suas vidas e consequentemente eles superam o obstáculo da química como disciplina difícil. A aprendizagem começa a fluir, sendo até possível observar o brilho nos olhos dos alunos, e como professora, isso me deixa radiante e com sensação de dever cumprido.
6. Tem algum conselho para os jovens que não sabem qual carreira seguir? Aconselha optarem pela Química?
Sim, a decisão deve ser tomada tendo como parâmetro o que te faz feliz e satisfeito, afinal nada melhor do que trabalhar com algo que você goste. O aspecto financeiro acaba sendo uma consequência da atividade prazerosa desenvolvida.
Aconselho sim optarem pela licenciatura em química, pois nessa área há uma demanda de profissionais ininterrupta, além de ser um mercado que possibilita outras abordagens, como a realização de pesquisa para desenvolvimento de recursos de aprendizagem para atender a diversidade de estudantes, seguir a carreira acadêmica, enfim, como em qualquer profissão é necessário a ampliação das perspectivas de atuação da área.
7. Como você vê a profissão em alguns anos? A Química tende a crescer mais e os profissionais poderão ocupar mais espaços?
O crescimento da química é inevitável, sendo uma ciência exata crucial para o desenvolvimento da tecnologia e da melhoria da qualidade de vida do planeta, logo a tendência é que os profissionais ocupem mais espaços, com a oferta de serviços mais ampliada e produtos atrelados ao desenvolvimento da tecnologia, em paralelo com outras áreas.
O professor de química em alguns anos, acredito que será um professor com conhecimentos de maior abrangência em outras áreas, até para acompanhar a evolução da própria sociedade. Assim, será preciso a formação de profissionais que fazem uso da tecnologia em prol do conhecimento químico, mas que esta não substitua as relações humanas que são imprescindíveis na docência. As tecnologias, principalmente baseadas em inteligência artificial, deve ser um recurso e não um fim em si mesma, substituindo o ser humano, nesse caso o docente, com o objetivo de formação de futuros profissionais.